domingo, 21 de setembro de 2008

GESTÃO DEMOCRÁTICA





Muito tenho ouvido falar recentemente em gestão democrática, seja na instituição na qual trabalho, seja em fóruns ou até mesmo de colegas indignados que utilizam o termo erroneamente quando querem ironizar a forma como a escola está sendo administrada.
A administração escolar no seu sentido político,vem sofrendo transformações nas últimas décadas. Saímos em passos vagarosos de uma Gestão Patrimonial, na qual predominava interesses autoritários para uma Gestão Democrática da Educação e na Educação, na qual procura-se uma participação ativa dos diferentes agentes sociais e dar acesso a todos a escola. Participação ativa e através de representação nos assuntos econômicos, pedagógicos, administrativos deliberando e contribuindo para a consolidação de uma escola que procure satisfazer as suas necessidades diversas e de forma efetiva. Esse tipo de gestão está garantida no aparato legal sancionado com o intuito de tornar a educação participativa, são eles: ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente ( Lei n 8.069, de 1990), PNE – Plano Nacional de Educação ( Lei 10172, de 2001), LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n 9394, de 1996). Contamos também com a elaboração de Planos de Carreira para o magistério e as Leis Orgânicas dos municípios. Esse tipo de gestão caracteriza-se pelo funcionamento dos Conselhos escolares, como órgão maior de decisão da escola, da descentralização de recursos, do provimento do cargo de diretor ,de participação direta de todos os agentes sociais, do planejamento participativo e da avaliação institucional participativa.
Analisando a instituição de ensino, na qual faço parte, percebo que as diretrizes são para uma gestão democrática, pois possui todas as características mencionadas acima, porém percebo que devemos procurar não exercer papel controlador e assinador. Termo esse usado para me referir aos momentos em que o Conselho escolar é convocado para assinar documentos, sem prévia discussão dos desígnios da verba mandada para suprimento das necessidades. Também necessitamos de uma participação direta na elaboração ou alterações do Projeto Político Pedagógico , no qual a última alteração foi realizada no setor de informática da escola pela antiga diretora da instituição. Verifico que os agentes sociais, embora possuam legitimidade para deliberar não demonstram interesse em uma participação direta na gestão, propiciando, assim, uma administração em que não são supridas todas, ou quase todas as necessidades da instituição. São predominadas as vontades da minoria por falta de participação de todos os envolvidos no processo.


Um comentário:

Suelen Assunção disse...

Renata querida!
O teu texto me causou sensações:
a primeira refere-se à tua convicção de que existe realmente gestão democrática. É isto mesmo? Outra sensação refere-se à impossibilidade da gestão democrática, por falta de participação de todos. Mas será que tem espaço para participação de todos?
Beijão no coração
Suelen - tutora da sede - Seminário INtegrador V